A gente se apaixona como quem pisa nas folhas do fim da tarde: sem alarde, como o sol que insiste em rachar o silêncio, mesmo quando o frio já tomou a casa e as cortinas permanecem fechadas. Você é satélite, e eu me estico pra ser céu, sabendo que te encontro só na borda do eclipse, um instante cortante, fugaz, mas que pesa, e é nosso. O vento sopra a estação pra dentro de mim. Volto com a estrada agarrada na pele, as mãos marcadas de tanto segurar o tempo, e o peito carregando tuas palavras, presas nos fios soltos da camisa, e enfiadas no bolso da calça. As andorinhas cruzam o verão e somem, fogem. Migram pra encontrar calor em outro lugar, Depois voltam, trazendo o cheiro de um céu que já foi nosso. E eu, que não migro, nem tampouco sou pássaro, carrego o mapa do teu abraço no osso, e o peso do amor na asa. Todo mundo busca um chão pra pousar, e um ninho pra voltar, o meu tem teu nome e eu insisto em chamar de lar.
A porta estava aberta, entrei. Que coisa mais bonita de ler. Tem uma delicadeza que vai ficando na gente, como se certas imagens pousassem no peito e ficassem ali, quietas. Esse verso do “mapa do teu abraço no osso”… forte, sensível, perfeito.
Que bonito te ver entrando assim, com essa escuta tão sensível. Suas palavras agora também ficam aqui, pousadas na borda da alma, feito memória boa. Que coisa bonita é esse encontro. Obrigado por chegar, por sentir, por deixar tua presença feita de afeto e poesia.
Gostei muito e adorei a forma como termina. Muito bom.
Que delicadeza nas palavras, gostei bastante! (:
muito obrigado pelo comentário Joyce
A porta estava aberta, entrei. Que coisa mais bonita de ler. Tem uma delicadeza que vai ficando na gente, como se certas imagens pousassem no peito e ficassem ali, quietas. Esse verso do “mapa do teu abraço no osso”… forte, sensível, perfeito.
Que bonito te ver entrando assim, com essa escuta tão sensível. Suas palavras agora também ficam aqui, pousadas na borda da alma, feito memória boa. Que coisa bonita é esse encontro. Obrigado por chegar, por sentir, por deixar tua presença feita de afeto e poesia.